Museu recebe lançamento do Livro “As árvores invisíveis” da patrocinense Leida Reis

Na próxima sexta-feira, 10 de agosto, o Governo Municipal, através da Secretaria Municipal de Cultura, Fundação Casa da Cultura e Museu Municipal Professor Hugo Machado da Silveira realizam o lançamento do livro “As árvores invisíveis” da escritora patrocinense Leida Reis.

O lançamento acontece no Museu Professor Hugo Machado da Silveira em duas sessões, de 16h às 18h e de 20h às 22h, nas quais haverão contação de histórias e sessão de autógrafos.

A necessidade de perceber o que está ao nosso redor é o eixo da história de “As Árvores Invisíveis”. A obra, primeiro livro para crianças da escritora Leida Reis, conta a história do menino Sebastião, que não consegue enxergar as árvores da cidade. Para ele, elas não passam de “criaturas estranhas”.

A intenção da autora é também chamar a atenção para as árvores do meio urbano, quase sempre malcuidadas. Para isso, Leida convida o leitor a refletir, por meio do seu personagem, sobre o convívio das novas gerações com os elementos que habitam a terra em harmonia com o homem. “A vida urbana dificulta nosso contato com o essencial, o simples, como ouvir o vento, pisar na terra, sentir a força da água. E é a natureza nossa maior fonte de força interior”, afirma a autora, também publisher da Páginas Editora.

Com uma linguagem diferenciada para as crianças, “As Árvores Invisíveis” pode ser lido por pessoas de todas as idades. A obra traz temas atuais, como o problema da arborização nas grandes cidades e o incêndio da Casa da Árvore, na Avenida Silva Lobo. A necessidade de enxergar o que está ao redor a partir de outras perspectivas motivou a história. “Todos nós estamos cegos para muitas coisas bem próximas”, diz a autora.

Daniel Munduruku, indígena, doutor em Educação pela USP e escritor premiado, assina o texto da quarta capa, destacando as nuances da literatura de Leida Reis. “Eis um texto poético, lúdico e educativo. A autora conseguiu dar um tom bem informal para falar de um assunto complexo que é a educação do olhar”, atesta. “Esse é um olhar necessário, para dar humanidade ao nosso estar no mundo. Essa humanidade se constrói quando somos capazes de olhar para o que nos cerca e ver a alma que habita nelas”, acrescenta Munduruku.

A publicitária e mestre em Letras Mariana Tavares é a responsável por dar vida ao personagem Sebastião nas ilustrações de “As Árvores Invisíveis”. A ilustradora conta que o rosto do menino apareceu durante um sonho e que logo em seguida já sabia como ele deveria ser. “Sofri um pouco para criar alguns desenhos, como na cena que Sebastião chora na calçada. Foi como se eu estivesse sentindo a dor dele”, lembra Mariana, cujo primeiro livro ilustrado foi “Aqui, ali e acolá: histórias em todo lugar”, também pela Páginas Editora.