Saúde realiza encontro com pacientes ostomizados

A Secretaria Municipal de Saúde realiza no inicio da tarde desta terça-feira (05), nas dependências do Clube de Serviço Lilia Brandão situado na Avenida Dom José Coimbra o “2º Encontro com Pacientes Estomizados”. O encontro comemora o Dia Mundial dos Ostomizados, ocorrido nesse domingo dia 03 e o Dia Nacional que ocorre no próximo dia 16 desse mês. Segundo a coordenadora da Policlínica Marcela Ferrari, “atualmente prestamos assistência a cerca de 50 pacientes, entre eles alguns que utilizam a bolsa de colostomia definitivamente e outros temporários e que necessitam de cuidados especiais”, salientou Marcela.   “A pessoa pode ficar com uma mesma bolsa no abdômen por até três dias. Mas, é claro, ele vai realizando o esvaziamento à medida que for necessário”, complementa.

Encontro

O encontro está previsto para ser aberto oficialmente as 13:30 minutos dessa terça-feira, no Lions Lilia Brandão com a presença do titular da pasta de saúde Humberto Donizete Ferreira (Bebé), Noilma Passos Coordenadora da Atenção Primária e a coordenadora da Policlínica Marcela Ferrari. Na oportunidade, serão ministradas duas palestras de orientações aos pacientes e familiares, dicas de higiene da bolsa e da pele próxima.  Entre as palestrantes estão Andreia Muniz de Abreu Cardoso e Sandra Neves Rabelo diretoras da Associação dos Estomizados de Uberlândia e a Consultora Educacional da Coloplast Izabela Tamires Gonçalves. O evento é aberto a todos os interessados em conhecer mais detalhes sobre o assunto.  A ostomia é um procedimento cirúrgico realizado quando é preciso construir um novo trajeto para que seja possível eliminar a urina e as fezes. Dados da Associação Brasileira de Ostomizados mostram que há aproximadamente 34 mil pacientes ostomizados no país — 9 mil somente em São Paulo. 

Discriminação

Além da dificuldade de se adaptar a esse novo modelo de vida devido aos cuidados específicos que se tornam necessários, muitos pacientes enfrentam o isolamento e o preconceito. Deixam de lado o convívio social por conta do constrangimento da perda involuntária de fezes, gases e urina e têm dificuldades na vida sexual, familiar e profissional. A questão do preconceito é muito preocupante, pois pode levar à depressão e interferir na boa condução do tratamento. A data é importante para servir de conscientização tanto para pacientes como para a sociedade em geral, já que as pessoas podem levar uma vida normal após o procedimento, inclusive praticando esportes. “É importante que o paciente se junte as associações e organizações de pessoas ostomizadas para que seus direitos sejam garantidos”, reforça o Secretário Bebé.

ASCOM/PMP/Luiz Cabral/Fotos ilustração