Campeã mundial de Jiu-Jitsu, adolescente patrocinense agradece o apoio do CRAS

No dia 8 de julho na cidade de São Paulo, Stéfani Caldeira, uma patrocinense de 15 anos de idade se tornou campeã mundial de jiu-jitsu.  De origem humilde, a adolescente tímida e desconfiada que há três anos atrás mal conversava, havia se tornado uma gigante. Vencendo oponentes mais experientes no esporte e com melhores oportunidades de vida, ela se destacou e muito na acirrada competição. Criada no Bairro Amir Amaral, Stéfani é uma das várias pessoas atendidas pelo CRAS Vera Nunes, no Bairro São Benedito, onde inclusive ela foi apresentada à modalidade de luta. Ontem (27) ela esteve na Secretaria de Desenvolvimento Social para agradecer o apoio recebido pelo Governo Municipal e entregar uma medalha e uma placa ao secretário da pasta, Pastor Isac como reconhecimento.

"Nós só temos que comemorar e agradecer, isso é fruto do trabalho e da dedicação dos profissionais que trabalham no CRAS, tanto os professores da oficina de jiu-jitsu quanto às educadoras, coordenadoras e assistentes sociais, que vêm se empenhando em todos os projetos, sempre trabalhando de forma carinhosa pára levar oportunidades para essas pessoas" diz o secretário, que conta ainda que isso motiva ainda mais o trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Social.

Maiara Aparecida Iocca, educadora social do CRAS, acompanhou Stéfani desde que ela chegou à unidade, e conta que quando ela começou a frequentar o grupo de convivência, onde são trabalhados os eixos sociais, identidade, autonomia e convívio familiar e social, ela era uma menina muito introvertida, com certa dificuldade para interagir e comunicar com os outros “Logo que ela começou a treinar Jiu-Jitsu o professor Douglas e o Mestre Hilton perceberam o grande potencial que ela tinha e ofereceram uma oportunidade pra ela, deram uma bolsa na academia e conseguiram patrocínio e ela foi cada vez mais crescendo ali dentro” contou Maiara, que diz também que depois que o jiu-jitsu entrou na vida de Stéfani ela se tornou mais comunicativa, e ganhou algo que até então ela não tinha, a auto-estima.

Grandes responsáveis pela virada na vida de Stéfani, os instrutores da oficina de jiu-jitsu do CRAS Douglas Alves e o Mestre Hilton Márcio, vêm o esporte como antes de tudo uma oportunidade para a formação social dos jovens, para eles um resultado como esse serve como espelho para os outros participantes “as outras crianças começam a entender que muitas coisas são possíveis para elas, porque a Stéfani é uma menina muito simples e humilde que se superou para conseguir um resultado como esse” explicou Mestre Hilton.

O peso, a importância e a seriedade da medalha de campeã mundial, que Stéfani usa com orgulho pendurada no pescoço, se destoa do riso fácil, estampado no rosto da garota que apesar de tudo continua sendo humilde e muito agradecida a todos aqueles que a ajudaram “eu não fico feliz só por ter ganhado o campeonato mundial, mas por saber que tanta gente me apoia, e estão sempre comigo, nas horas boas e horas ruins, o CRAS sempre foi minha família, comecei lá com 12 anos e sempre me apoiaram, aconselharam, é muito importante pra mim, mesmo quando eu ficar mais velha eu vou continuar frequentando o CRAS, ajudando as pessoas, o CRAS representa tudo pra mim, é a minha vida" conta emocionada, a garota que agora almeja uma vida de conquistas "a gente tem que sempre se superar, eu ganhei, mas eu quero alcançar mais coisas pela frente, melhorar, alcançar a faixa preta e não parar nunca”.